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Lula critica “safra frágil” da Seleção e sugere convocação só com atletas do Brasileirão

Presidente diz que atual geração é tecnicamente inferior a equipes históricas e propõe novo modelo de convocação
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Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (13), durante sua participação no Fórum China-Celac, em Pequim, que o principal problema da Seleção Brasileira é a qualidade técnica dos jogadores. Em suas palavras, a atual geração é “mais frágil” do que as equipes históricas que conquistaram títulos mundiais em décadas anteriores.

“Estamos numa entressafra de jogadores que não é igual à que já tivemos. É só lembrar do nosso ataque em 2002 e 2006 para ver que estamos longe daquilo”, afirmou Lula, ao ser questionado sobre o novo técnico da Seleção, o italiano Carlo Ancelotti.

Ancelotti, multicampeão por clubes europeus, foi oficializado pela CBF como futuro treinador da Seleção e assumirá o comando em 2026, após a disputa da próxima temporada pelo Real Madrid, onde ainda atua como técnico. Saiba mais sobre a confirmação de Ancelotti como técnico da Seleção no site oficial da CBF.

Apesar do elogio à trajetória do treinador europeu, Lula destacou que o problema não está apenas no comando técnico, mas sim na estrutura e organização do futebol nacional. “Acho difícil juntar jogadores 15 dias antes de um jogo, o treinador ter dois dias para escalar o time e acreditar que vai vencer quando todo mundo se prepara melhor”, afirmou.

Proposta de mudança na convocação

Durante o evento, Lula revelou que sugeriu ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, uma nova metodologia para convocação de jogadores. A ideia seria montar a Seleção com os 22 atletas mais eficientes do Campeonato Brasileiro, com base no desempenho individual:

Terminou o Brasileiro, vamos fazer uma seleção com os 22 melhores jogadores e ver o que dá. Acho que seria igual ou melhor que a convocação atual.

A proposta retoma um antigo debate no futebol nacional: a dependência de jogadores que atuam no exterior e o pouco tempo de treinamento que a Seleção tem antes das partidas, o que impacta diretamente no entrosamento e desempenho tático da equipe.

Entressafra técnica e memória das grandes gerações

Lula fez questão de citar as gerações mais vitoriosas da história da Seleção Brasileira, como as de 1958, 1970, 1982, 2002 e 2006, e destacou que os atletas da atualidade não possuem o mesmo nível técnico. Para ele, o desafio da nova comissão técnica será superar essa fase e reconduzir o Brasil a um protagonismo competitivo no cenário mundial.

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