A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está avaliando a criação da Série E, uma nova divisão no futebol nacional. A proposta visa incluir clubes que hoje ficam sem calendário após os campeonatos estaduais e a Série D.
A discussão ganhou força com a chegada do novo presidente da CBF, Samir Xaud, que assumiu a entidade prometendo uma gestão mais aberta às demandas dos clubes de menor expressão.
Segundo o presidente do ASA, Rogério Siqueira, um dos articuladores da proposta, a Série E seria um caminho para fortalecer as divisões de acesso e garantir calendário anual para mais clubes.
“Temas relevantes como a possível criação da Série E do Campeonato Brasileiro, que já vêm sendo debatida desde o ano passado com a equipe de competições da CBF, encontram agora um ambiente institucional mais favorável para evoluir. Uma gestão que reconhece a importância da base e das divisões de acesso pode ser decisiva para fortalecer de forma definitiva o alicerce do futebol nacional”, afirmou Siqueira.
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Como seria a nova divisão?
- A proposta envolve reformular a Série D, que atualmente tem 64 clubes, reduzindo-a para 20 times no modelo de pontos corridos ou grupos.
- A Série E, então, absorveria os demais clubes, funcionando como uma quinta divisão nacional.
- A expectativa é implementar a mudança a partir de 2025, com estreia oficial da Série E em 2027.
Quais são os entraves?
- Calendário:
- O grande gargalo é o já apertado calendário do futebol brasileiro, mesmo com a redução dos estaduais.
- Aspecto financeiro:
- A CBF precisará garantir viabilidade econômica, patrocínio e transmissão para sustentar uma nova divisão.
- Resistência anterior:
- O ex-presidente Ednaldo Rodrigues já havia recusado a proposta, alegando falta de recursos e estrutura.
“Lamentavelmente não há fontes alternativas e nem as atuais são capazes de suportar a ampliação do número de clubes brasileiros no cenário nacional, de modo que não é possível, ao menos no presente momento, o acolhimento da criação da Série E”, declarou Rodrigues em 2024.
A proposta está em fase de estudo interno, com consultas a clubes interessados e análises de viabilidade. A decisão final dependerá de negociações com patrocinadores, emissoras e ajustes no calendário.